Amiga de Walewska que passou os últimos dias com ela revela tristeza: ‘Estava começando a viver’

Uma amiga próxima de Walewska, que compartilhou os últimos dias com a campeã, expressa seu pesar, dizendo: ‘Ela estava no início de uma nova fase de sua vida.’ Walewska, que conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 2008, havia se aposentado há um ano e, apenas duas horas antes de seu falecimento, havia agendado uma reunião para discutir um novo projeto.

Cerca de três meses antes da trágica partida de Walewska, a medalhista olímpica se juntou a Margareth Signorelli, especialista em relacionamentos e terapeuta de sexualidade com a técnica EFT, para lançar o podcast “Mente Olímpica”.

O projeto tinha como objetivo abordar a importância do bem-estar mental dos atletas. Agora, após mais de uma semana sem sua amiga e colega de trabalho, Margareth Signorelli está empenhada em honrar a memória da ex-jogadora e afirma que fará “todo o possível para destacar a incrível pessoa que Walewska foi”.

Em uma entrevista exclusiva concedida ao R7, Margareth compartilhou que estava em contato com a ex-jogadora apenas duas horas antes da trágica ocorrência. Elas planejavam uma reunião para discutir o projeto e, poucos dias antes, haviam visitado o Centro de Treinamento do Palmeiras, um momento que a terapeuta descreve como “especial”.

Margareth descreve Walewska como alguém que, apesar de sua imagem de atleta rígida e capitã, era extremamente afetuosa. Ela ressalta que a verdadeira essência de Walewska era liderar e servir como mediadora. Margareth enfatiza que Walewska estava feliz, cheia de projetos e que estava apenas começando a desfrutar plenamente da vida.

“Durante 30 anos, ela teve a oportunidade de demonstrar sua identidade como atleta, e neste último ano, conseguiu mostrar a muitos quem ela era como indivíduo. Embora tenha sido um período curto, foi inestimável”, afirmou Margareth, visivelmente emocionada.

Walewska, que iniciou sua carreira no vôlei aos 12 anos e a manteve até os 42, dedicou a maior parte de sua vida a uma rotina de treinamentos e competições. Portanto, após sua aposentadoria, a ex-jogadora teve a oportunidade de expandir seu círculo social e estava comprometida com projetos de palestras, conforme relatou Margareth.

A especialista também compartilhou memórias de sua relação nos últimos meses com Walewska. Ela mencionou que a ex-atleta não era particularmente extrovertida, mas era extremamente segura em suas palavras, e apesar de suas personalidades diferentes, ambas desfrutaram de momentos divertidos juntas.

“Ela era reservada e observadora. Só se manifestava para expressar suas convicções, experiências e causas pelas quais lutava. Assim, sua fala era sempre fundamentada, evitando falar mal de outras pessoas sem motivo”.

O podcast criado pela dupla, Olympic Mind, não terá novos episódios produzidos, e está sendo avaliado se o conteúdo já existente será mantido online ou não. O projeto incluiu a publicação de oito episódios, contando com a participação de destacadas personalidades do esporte olímpico brasileiro, como Arthur Nory da ginástica artística, a dupla Fofão e Serginho do vôlei, e o nadador Gustavo Borges.

“Ela tinha um foco principal na saúde mental dos atletas e no que os esperava após a aposentadoria. Quando visitamos a seleção feminina antes do pré-olímpico, ela expressou preocupação, dizendo: ‘Ninguém cuidou da nossa saúde mental quando estávamos lá’. Não era um sentimento de abandono, mas sim uma constatação de que naquela época esse apoio simplesmente não existia”, enfatiza Margareth.