No dia 4 de novembro de 2021, o Brasil perdeu uma de suas estrelas mais brilhantes quando a cantora Marília Mendonça faleceu tragicamente em um acidente de avião. A Polícia Civil de Minas Gerais, após meses de investigação, concluiu recentemente seu inquérito sobre o acidente, apontando o piloto e o copiloto como os responsáveis pela tragédia. No entanto, essa conclusão não trouxe consolo para a família da artista nem para seus fãs, gerando uma onda de críticas e questionamentos.
Em uma entrevista ao Splash, do UOL, João Gustavo, irmão de Marília Mendonça, expressou sua insatisfação com a conclusão do inquérito. Ele levantou questões sobre a transparência da investigação, afirmando que a família ainda está cheia de dúvidas. Para eles, culpar os pilotos e isentar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi uma atitude conveniente por parte da polícia. João Gustavo argumentou que os próprios pilotos indicaram os fios de alta tensão como causa do acidente, o que deveria ser levado em consideração de forma mais profunda.
A posição da família encontrou eco no advogado Robson Cunha, que emitiu uma nota oficial enfatizando as ressalvas dos parentes de Marília Mendonça em relação à conclusão do inquérito. Eles expressaram particular interesse em entender a possível conexão entre a Cemig e o acidente. Este ponto específico trouxe à tona uma série de questões sobre a segurança das operações da companhia e seu papel no trágico evento.
A morte prematura de Marília Mendonça não é apenas uma perda para o mundo da música, mas também uma lembrança dolorosa da importância da segurança em todos os setores da sociedade. A tragédia levanta questões críticas sobre a responsabilidade das empresas em garantir a segurança de suas operações, especialmente quando essas operações podem ter impacto direto na vida das pessoas.
A Cemig, como uma grande empresa de energia elétrica, tem a responsabilidade de garantir que suas infraestruturas estejam seguras e em conformidade com as normas de segurança. Se houver alguma conexão entre os fios de alta tensão e o acidente que tirou a vida de Marília Mendonça, isso levanta sérias preocupações sobre a negligência e a responsabilidade da empresa.
Além disso, as críticas à transparência da investigação da polícia lançam uma sombra sobre todo o processo. A confiança do público no sistema judicial depende da clareza e da honestidade em cada investigação. Quando a transparência é questionada, a confiança do público é abalada, criando um ambiente de desconfiança e incerteza.
Nesse contexto, é crucial que o Ministério Público investigue minuciosamente as alegações feitas pela família de Marília Mendonça e pelo seu advogado. A busca pela verdade não apenas traz justiça para os entes queridos da cantora, mas também assegura que falhas similares sejam evitadas no futuro.
Questionamentos
“O que nos deixa com mais dúvidas do que com respostas, é o fato de ter sido apresentados argumentos “rasos” da ocorrência. O delegado responsável não demonstrou esforços para apresentar provas periciais capazes de ultrapassar alegações comuns e midiáticas acerca do caso”, diz o advogado no texto divulgado à imprensa.
O advogado ressaltou que, assim que o Inquérito Policial for entregue ao poder judiciário, uma série de questionamentos serão feitos, como por exemplo, “por que não foi respeitada a normativa internacional que obriga a sinalização nos cabos de energia existentes entre vales?” e “a quem competia a obrigação de fiscalizar a sinalização nos cabos de energia?”.
