Anitta, a famosa cantora e personalidade brasileira, está atualmente envolvida em um processo legal movido por Poliana da Silva Ribeiro, que alega que sua imagem foi usada de forma indevida pela artista, causando danos morais e materiais. O processo busca uma indenização de R$150 mil, o que levanta questões importantes sobre direitos autorais, uso de imagem e a responsabilidade das celebridades em relação a conteúdo compartilhado nas redes sociais.
A controvérsia se originou a partir de um vídeo postado por Anitta em suas redes sociais. O vídeo em questão apresenta uma coreografia criada por Poliana da Silva Ribeiro e suas amigas em 2012. Anitta utilizou essa coreografia para promover seu álbum “Version of me” em 2022. O processo alega que Anitta usou a coreografia para fins comerciais, promovendo seu próprio trabalho, sem a devida autorização ou compensação para Poliana.
A ação foi apresentada à 7ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e argumenta que, à época, Poliana era uma adolescente que dançava no grupo chamado “Cia Fissura” e que a coreografia, conhecida como Wislania ou Lannah, era de sua autoria. A jovem alega que o objetivo de Anitta ao compartilhar o vídeo era divulgá-la comercialmente, usando sua imagem e seu trabalho para promover seu álbum.
Poliana da Silva Ribeiro afirma que não recebeu qualquer forma de compensação ou reconhecimento pelo uso de sua coreografia e imagem. Além disso, o vídeo compartilhado por Anitta tinha mais de seis milhões de visualizações até ser removido de suas redes sociais. Esse sucesso significativo torna as reivindicações de Poliana ainda mais substanciais, já que o conteúdo aparentemente teve um impacto significativo.
O caso levanta várias questões legais e éticas. Em primeiro lugar, há a questão dos direitos autorais. A coreografia criada por Poliana é uma forma de expressão artística, e os criadores têm direitos autorais sobre seu trabalho. Se Anitta usou essa coreografia sem a devida autorização, isso poderia ser considerado uma violação dos direitos autorais de Poliana.
Além disso, a ação alega danos morais e materiais. Os danos morais referem-se à angústia emocional e ao impacto negativo que a ação de Anitta teve sobre Poliana. O uso indevido de sua imagem e trabalho pode ter afetado sua reputação e bem-estar emocional. Quanto aos danos materiais, Poliana está buscando uma indenização financeira de R$150 mil, alegando que o uso comercial de seu trabalho por Anitta a privou de benefícios econômicos que poderia ter obtido de forma justa.
A responsabilidade das celebridades em relação ao conteúdo que compartilham nas redes sociais também é um tópico de destaque neste caso. Anitta, como figura pública, tem uma base de fãs significativa e influência nas mídias sociais. O uso de conteúdo criado por outros, especialmente por indivíduos menos conhecidos, pode ter um impacto significativo. A questão da ética no uso de conteúdo alheio pelas celebridades nas redes sociais é importante, e casos como esse destacam a necessidade de considerar os direitos e interesses daqueles que não têm o mesmo nível de influência.
Até o momento, a assessoria de Anitta não se pronunciou sobre o processo. É importante observar que, em casos semelhantes, muitas celebridades optam por resolver as disputas fora dos tribunais, por meio de acordos financeiros ou outras formas de compensação. No entanto, o resultado deste caso em particular ainda está pendente e dependerá da decisão da justiça.
Este processo envolvendo Anitta e Poliana da Silva Ribeiro destaca a complexidade das questões relacionadas ao uso de conteúdo nas redes sociais, direitos autorais e responsabilidade das celebridades. Independentemente do resultado final, ele servirá como um lembrete para todas as pessoas públicas sobre a importância de agir de forma ética e respeitosa ao compartilhar conteúdo nas redes sociais e de reconhecer os direitos dos criadores. Além disso, pode estabelecer um precedente importante para futuros casos envolvendo uso indevido de imagem e direitos autorais no ambiente digital.