Na última terça-feira, 24 de junho, o Brasil parou por um momento durante a exibição do programa Mais Você. A apresentadora Ana Maria Braga, visivelmente abalada, interrompeu sua tradicional leveza matinal para lamentar, ao vivo, uma notícia que tocou muitos brasileiros: a morte da jovem turista Juliana Martins, de apenas 26 anos, que sofreu um acidente fatal na Indonésia.
Juliana estava em uma trilha no monte Merapi, um vulcão ativo localizado no país asiático, quando acabou caindo de um penhasco. A confirmação do falecimento veio após quatro dias de buscas intensas e angustia por parte da família e dos amigos. Foi durante a manhã que os parentes comunicaram oficialmente a perda, e desde então a comoção só aumentou.
Ana Maria, emocionada, deixou claro o quanto se sentiu tocada pela tragédia. “Queria deixar aqui os nossos sentimentos pra família da Juliana… uma menina tão cheia de vida, sabe? Jovem, alegre, cheia de planos. Essas coisas são difíceis até de acreditar,” disse a apresentadora, com a voz embargada. O programa, que costuma tratar de temas leves e cotidianos, mudou totalmente de tom naquele momento.
Pra contextualizar a gravidade da situação e a dificuldade do resgate, o programa convidou o jornalista e aventureiro Clayton Conservani, que esteve exatamente na mesma região em 2015, durante a gravação do quadro Planeta Extremo, exibido no Fantástico. Segundo Clayton, o local onde Juliana caiu é de difícil acesso até mesmo para os mais experientes.
“O terreno lá é complicado demais. É areia vulcânica, preta, fofa… muita pedra solta. A cada passo, parece que o chão some debaixo dos pés,” relatou. Ele também explicou que o clima da região torna tudo ainda mais desafiador: “Você começa a caminhada com sol e termina no meio de um nevoeiro, com ventos gelados. Não tem como se preparar direito”.
Clayton lembrou ainda da sua própria experiência na montanha. Ele e mais dois montanhistas enfrentaram muitas dificuldades, inclusive físicas, durante a gravação. “O vulcão é vivo. A gente escutava ele ‘roncando’, dava medo. A gente sabia que qualquer erro podia ser fatal,” afirmou.
O que deixou muitos ainda mais comovidos foi saber das condições em que Juliana passou seus últimos dias. Segundo informações preliminares, ela ficou perdida, sem comida, água ou roupas adequadas pro frio intenso. Detalhes como esses são de partir o coração.
Nas redes sociais, milhares de internautas prestaram homenagens à jovem. Muitos postaram fotos de Juliana sorridente, cheia de vida, e deixaram mensagens de apoio à família. O nome dela ficou entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter) durante boa parte da terça-feira. Uma petição, inclusive, já começou a circular pedindo mais segurança e controle em trilhas turísticas internacionais.
Apesar da distância física, o Brasil inteiro parece ter sentido a dor dessa perda. Talvez seja pela idade de Juliana, pela forma como tudo aconteceu, ou pelo simples fato de que ela poderia ser qualquer um de nós, buscando aventura e liberdade num canto distante do mundo.
Ana Maria encerrou o bloco dizendo: “Que a família encontre consolo, e que a alma dela seja recebida com luz… essas tragédias deixam marcas que ninguém apaga, mas o amor permanece.”
A história de Juliana, infelizmente, virou notícia. Mas que também sirva de alerta e reflexão pra tantos outros jovens que sonham em conhecer o mundo.