A ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, de 43 anos, foi velada e sepultada na manhã deste sábado (23) no Cemitério Bosque da Esperança, localizado na região norte de Belo Horizonte, Minas Gerais. A antiga atleta, que conquistou a medalha de ouro olímpica com a seleção brasileira em Pequim-2008, faleceu em São Paulo na última quinta-feira, após cair do 17º andar do prédio onde residia. As circunstâncias de sua morte ainda estão sob investigação, com a polícia considerando a possibilidade de suicídio.
O velório teve início por volta das 6 horas no horário de Brasília, com a chegada dos primeiros familiares e amigos. Apesar da informação de que o marido de Walewska, Ricardo Alexandre Mendes, não compareceria ao velório, ele esteve presente no cemitério e acompanhou o cortejo. A pedido da família, os jornalistas tiveram que manter uma distância do local onde o corpo estava sendo velado.
Figuras renomadas do vôlei brasileiro compareceram ao cemitério para se despedir da atleta, incluindo a líbero Suelen do Praia Clube, bem como Sheila, Anderson Rodrigues e Maurício Lima, ex-jogadores da Seleção Brasileira.
“Ando um pouco atordoado ainda”, expressou Anderson. “Ela era uma pessoa extremamente resiliente, como mulher, indivíduo e atleta; possuía uma força mental impressionante, pois a vida de um atleta é repleta de desafios. Enfrentar uma situação como essa deixa qualquer um perturbado. Sentiremos muito a sua falta, tanto como ser humano, filha, mulher e ex-atleta. Ela era uma pessoa de grande caráter”.
O jornalista Rafael Alves, que também atuou como assessor de Walewska no passado e era seu amigo de infância, concedeu uma entrevista à imprensa durante o velório. Ele enfatizou sua confiança no trabalho da polícia para esclarecer os fatos. “Temos fé nas investigações e esperamos descobrir o que realmente aconteceu e quais são os motivos por trás de tudo isso. Ninguém, se toma essa decisão, o faz sem um motivo significativo”, declarou.
“Eu recebi uma mensagem de WhatsApp dela que não tive tempo de responder, e que não vou poder responder nunca mais, que era me perguntando que dia eu iria para São Paulo. Nós teríamos reuniões para falar de projetos e justamente dessa nova transição que ela tinha assumido: ser uma liderança e de falar sobre as conquistas e as vitórias, mas infelizmente, não vai ser possível”, finalizou Rafael.