Figurinista de “A Viagem” revela inspirações para Alexandre e o umbral

O Impacto Duradouro de Alexandre em ‘A Viagem’

Quando pensamos na teledramaturgia brasileira, um dos personagens que sem dúvida vem à mente é Alexandre, o protagonista de ‘A Viagem’. Interpretado pelo talentoso Guilherme Fontes, Alexandre não era apenas uma figura central na trama; ele era uma representação de complexidade humana, repleto de nuances e contradições. Mesmo após mais de três décadas desde sua primeira aparição, o personagem continua a ressoar na memória do público, tornando-se um verdadeiro ícone cultural e até mesmo um meme nas redes sociais.

O Legado de Guilherme Fontes

A atuação de Guilherme Fontes foi fundamental para a criação de Alexandre. O ator trouxe uma profundidade que fez com que o público não apenas visse, mas sentisse o que o personagem estava passando. Sua interpretação envolvente, somada ao trabalho do figurinista Heitor Werneck, ajudou a construir uma imagem que transcendeu o tempo. Alexandre não era apenas um personagem; ele era uma experiência, uma reflexão sobre as escolhas e os desafios da vida.

A Criação da Persona Visual de Alexandre

Heitor Werneck, junto com a figurinista Marília Carneiro, desempenhou um papel crucial na construção do visual de Alexandre. A ideia era trazer a estética das ruas para a tela, refletindo a realidade cotidiana de forma artística e acessível. Heitor descreveu seu trabalho como uma tentativa de “transformar o nosso dia a dia em forma de arte”, focando em referências nacionais, sem se deixar influenciar por padrões internacionais. Essa abordagem genuína ajudou a criar uma conexão mais forte entre o personagem e o público.

Uma Estética Inovadora

A proposta de Heitor para o visual de Alexandre foi ousada. Ele queria que o personagem refletisse a mistura entre o gótico e o punk, capturando a essência de alguém que estava passando por um sofrimento interno. “Utilizamos cortes desalinhados e cabelos descoloridos para simbolizar essa luta”, explicou Werneck. Essa escolha estética não apenas diferenciou Alexandre, mas também fez com que muitos se identificassem com sua dor e suas lutas.

O Umbral e o Paraíso: Dualidade na Trama

Além do visual marcante de Alexandre, Heitor teve um papel significativo na criação de ambientes que contrastavam entre si na novela, como o umbral e o paraíso. O umbral, um local onde almas recém-desencarnadas se encontram, foi inspirado na Cracolândia, uma região de São Paulo que estava em transformação nos anos 90. “Queria mostrar a realidade das ruas de uma forma que não fosse caricata”, comentou Heitor, ressaltando a importância de refletir a verdade social sem perder a poética.

O Paraíso: Um Refúgio de Paz

Por outro lado, a representação do paraíso trazia uma sensação de tranquilidade e beleza. Inspirado em pinturas gregas, o ambiente foi projetado para evocar sentimentos de paz e plenitude. “Buscamos um estilo simples que transmitisse felicidade”, disse Heitor, enfatizando a necessidade de criar um contraste forte com o umbral. Essa dualidade entre os ambientes ajudou a enriquecer a narrativa e a trazer à tona questões existenciais, refletindo sobre a vida e a morte.

A Influência Cultural de ‘A Viagem’

Desde sua exibição, ‘A Viagem’ deixou uma marca indelével na cultura brasileira. O enredo, as atuações e a estética inovadora contribuíram para que a novela se tornasse um clássico, reverenciado por várias gerações. A forma como Alexandre e outros personagens foram apresentados gerou discussões sobre moralidade, espiritualidade e as consequências das ações humanas.

Conclusão

O legado de Alexandre em ‘A Viagem’ é um exemplo claro de como a teledramaturgia pode ir além do entretenimento, oferecendo reflexões sobre a vida e a morte. A contribuição de Guilherme Fontes e Heitor Werneck demonstra que uma boa história e uma estética bem pensada podem criar personagens que permanecem na memória coletiva. Se você ainda não assistiu à novela ou deseja relembrá-la, agora é a hora perfeita para mergulhar nessa viagem inesquecível.

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