No universo do samba, cada passo e a cadência são assuntos de debate e crítica. Kamila Simioni, musa da Barroca Zona Sul, se viu no centro de uma polêmica depois de seu desfile recente pela escola. Ela, que entrou há pouco tempo nesse mundo, não deixou barato as críticas que recebeu, especialmente as que diziam que ela não sabia sambar. A musa, em uma entrevista para o UOL, deixou claro que não iria se calar.
Ela começou sua defesa dizendo: “Adriane Galisteu não samba, Sabrina Sato não samba, Paolla Oliveira não samba, Flávia Alessandra não samba. Por que eu, Kamila, tenho que sambar? Cheguei agora, é uma pressão.” Para Kamila, essas comparações com outras famosas que também não são sambistas profissionais foram importantes para colocar o ponto de vista dela: chegou há pouco, tem um longo caminho pela frente e está lidando com as críticas como pode.
Mesmo com as críticas vindo de todos os lados, Kamila não se abalou. Ela se mostrou bem tranquila sobre o assunto, dizendo: “Eu sei que vou continuar recebendo críticas depois do desfile de hoje, e pra mim tá tudo certo.” Essa confiança dela chamou atenção nas redes sociais, onde a galera, claro, não deixou de opinar.
Quem também se manifestou foi a apresentadora Astrid Fontenelle, que comentou a fala de Kamila nas redes sociais. Ela disse: “Conseguiu o que queria. Aparecer em cima das mais fodas.” Não demorou para a reação do público tomar conta das plataformas digitais. Um internauta ironizou a situação: “Concordo plenamente! Paolla Oliveira não samba, ela dá aula.” Esse comentário foi uma espécie de zoação, mostrando que, às vezes, os fãs das celebridades gostam de brincar com essas comparações.
No entanto, nem todos os comentários foram nesse tom mais humorado. Uma pessoa não se aguentou e escreveu: “Que??? Paolla Oliveira não samba? Isso só pode ser recalque. Vá catar coquinhos, minha filha.” O tom de ironia e o ataque direto à opinião do outro ficou bem claro, e isso só aumentou a discussão sobre o assunto.
O que se percebe é que o samba, mesmo sendo uma arte popular, está cada vez mais envolto de polêmicas e comparações entre quem realmente entende e quem é só figurante no espetáculo. Kamila Simioni, ao levantar a voz contra essas críticas, não só provocou uma reflexão sobre o que é ser uma musa do samba, mas também trouxe à tona a pressão que as mulheres enfrentam para se encaixar em certos padrões de “perfeição” nas escolas de samba.
As declarações de Kamila deram o que falar. Afinal, quem está apenas começando tem a obrigação de provar que é capaz ou pode simplesmente entrar e se divertir, sem ser cobrada de maneira tão pesada? Talvez esse seja o ponto mais importante da discussão: até que ponto estamos prontos para dar espaço para quem está chegando, mesmo que de forma improvisada, e não apenas para quem já tem anos de estrada?
Enfim, o samba é uma arte de emoção, e, como Kamila disse, ela vai continuar recebendo críticas. E o mais interessante é que, independente do que digam, ela segue firme no seu caminho. E isso, no fim, é o que realmente importa. A pressão, as comparações e as piadas são parte do processo. Mas será que a verdadeira beleza está na liberdade de ser quem somos, sem medo de errar ou de aprender no caminho? Isso a Kamila parece já ter entendido.