No dia 2 de setembro, o ator Kayky Brito foi atropelado por Diones Coelho, motorista que prestava serviço para o aplicativo Uber. O incidente levantou diversas questões sobre a responsabilidade de ambas as partes envolvidas. O desfecho deste caso tomou um novo rumo nesta segunda-feira (16/10), quando o promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva solicitou que Kayky Brito tomasse uma decisão sobre as investigações. A juíza Simone Cavalieri Frota, do 9º Juizado Especial Criminal, aceitou integralmente essa solicitação, marcando um ponto de virada neste intrigante episódio judicial.
A principal acusação contra Diones Coelho era de lesão corporal culposa, sugerindo que ele teria agido sem intenção de ferir Kayky Brito. Contudo, as investigações revelaram detalhes cruciais que acabaram mudando o curso do processo. De acordo com os relatórios policiais, ficou comprovado que Diones estava dentro do limite de velocidade permitido, não estava sob efeito de álcool ou substâncias entorpecentes e, o mais importante, parou imediatamente para prestar socorro à vítima.
Um elemento importante a ser considerado foi o comportamento de Kayky Brito no momento do acidente. As imagens capturadas mostram claramente que o ator atravessou a rua correndo, em plena noite e fora da faixa de pedestres. Esses detalhes se mostraram fundamentais para entender o contexto do acidente e lançar luz sobre as responsabilidades de ambas as partes.
O relatório final da 16ª DP (Barra da Tijuca) recomendou o arquivamento do caso, respaldando a ideia de que Diones Coelho não agiu de forma negligente ou criminosa. No entanto, isso não foi o fim da história. A Uber, empresa para a qual Diones prestava serviços, também foi chamada a intervir no caso. Foi solicitado que a empresa comprovasse o vínculo de trabalho com o motorista no prazo de cinco dias, adicionando mais uma camada de complexidade a esse intrincado cenário jurídico.
Esse caso levanta questionamentos significativos sobre a segurança nas vias públicas e as responsabilidades dos pedestres e motoristas. Enquanto a legislação muitas vezes parece clara em relação às regras de trânsito, situações como essa nos lembram que cada incidente é único e deve ser examinado cuidadosamente para que se alcance uma decisão justa.
Além disso, o episódio traz à tona a importância do papel do Ministério Público e do sistema judiciário em analisar minuciosamente as evidências antes de tomar uma decisão. A atenção aos detalhes e a imparcialidade na análise dos fatos são cruciais para garantir que a justiça seja realmente feita, protegendo tanto os direitos dos acusados quanto das vítimas.
Este caso, que ganhou grande atenção da mídia e do público, serve como um lembrete para todos os envolvidos no sistema legal e para a sociedade em geral. Devemos estar cientes das complexidades envolvidas em cada situação e lembrar que a justiça verdadeira só pode ser alcançada quando todos os aspectos são cuidadosamente considerados. Que este incidente seja um catalisador para discussões significativas sobre segurança no trânsito e responsabilidade compartilhada, incentivando um ambiente mais seguro para todos nas estradas.
Recuperação
Kayky Brito permaneceu hospitalizado por 27 dias, alguns deles em uma UTI, depois de ser atropelado em 2 de setembro.
Investigação do motorista
O pedido do promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva foi aceito integralmente pela juíza Simone Cavalieri Frota, do 9º Juizado Especial Criminal.
Além do indiciamento de Bruno De Luca, o MP requer que a vítima, Kayky Brito, seja intimado para que se manifeste sobre o prosseguimento da investigação sobre a prática de lesão corporal culposa contra o motorista do carro que o atropelou, Diones Coelho da Silva.
O inquérito policial comprovou que Diones estava dentro do limite de velocidade, que conduzia com atenção, que não havia bebido e que parou para prestar socorro. O vídeo do acidente mostra que Kayky atravessou correndo, de noite e fora da faixa de pedestre. O relatório final da 16ª DP (Barra da Tijuca) pediu o arquivamento do caso.