O mais novo presidente eleito, anunciou na manhã desta sexta-feira os primeiros nomes que dirigirão as pastas de seu futuro governo
Dos primeiros cinco ministros anunciados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta sexta-feira (9), três deles são ou já foram investigados. Nesses nomes estão o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), e os ex-governadores Rui Costa (PT) e Flávio Dino (PSB).
Fernando Haddad, nomeado para a Fazenda, é acusado em uma ação civil de improbidade administrativa a respeito de um possível envolvimento em irregularidades na implantação da ciclovia Ceagesp-Ibirapuera. A obra, que foi realizada quando ele era prefeito de São Paulo, tem 12,4 quilômetros de extensão e foi contratada sem licitação.
Conforme com as investigações apuradas pelo Ministério Público, a ciclovia teria sido superfaturada em quase R$ 4 milhões a cada quilômetro. A quantia, conforme o MP, seria mais de 600% superior ao que foi pago à mesma construtora em governos passados.
Rui Costa, ex-governador do estado da Bahia, nomeado para a Casa Civil, é alvo de um inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de estelionato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação no casos dos respiradores que foram comprados pelo Consórcio Nordeste por quase R$ 50 milhões, no entanto, que não foram entregues.
Vale frisar que o ex-governador era, na época em que os pertences foram adquiridos, presidente do consórcio e foi alvo da CPI que investigou o caso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Já o ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino, nomeado por Lula para o Ministério da Justiça, foi objeto de um inquérito por suspeitas de ilegalidades em um contrato de fornecimento de combustível para o helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. Em 2020, a investigação foi arquivada pelo STJ.