Laila Al-Laham, de 4 anos, despertou no hospital de Khan Younis, onde havia sido levada às pressas pelas equipes de resgate após o ataque que atingiu a montanha de ruínas que um dia foi seu lar. Lá, ela recebeu a trágica notícia de que todos os 14 membros de sua família, incluindo sua mãe, seu pai e seus irmãos, haviam perdido a vida no ataque aéreo israelense que atingiu sua casa no sul de Gaza.
Para a avó, Umm Muhammed Al-Laham, que enfrentou a perda de seu filho e toda a família naquele ataque, o breve momento em que viu sua neta de olhos abertos trouxe um raio de esperança. Ela compartilhou sua angústia, explicando: “De repente, sem aviso, eles bombardearam a casa enquanto os moradores estavam lá dentro. Ninguém sobreviveu, exceto minha neta Fulla”. Ela, que testemunhou muitos conflitos entre o Hamas e as forças israelenses ao longo dos anos, descreveu esta como a mais devastadora: “Catorze pessoas foram martirizadas, não sobrou ninguém, exceto Fulla. Ela não fala, apenas permanece deitada na cama enquanto os médicos lhe dão remédios”.
Segundo informações das autoridades de Gaza, desde o último sábado (14), mais de 2.450 pessoas perderam a vida, com cerca de um quarto delas sendo crianças, conforme relatado pelo Metro. Além disso, aproximadamente 10 mil pessoas ficaram feridas em decorrência dos ataques incessantes de Israel em áreas civis, como parte de seus esforços para neutralizar os combatentes do Hamas. Equipes de resgate têm se esforçado incansavelmente, trabalhando 24 horas por dia, na busca por sobreviventes de ataques aéreos.
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