A ministra do Turismo da Indonésia, Widiyanti Putri Wardhana, demonstrou profunda tristeza ao comentar sobre a morte da brasileira Juliana Marins, de apenas 26 anos, que acabou caindo durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão bastante popular entre turistas que visitam o país. O acidente ocorreu há cerca de cinco dias, e desde então equipes de resgate vinham tentando localizar o corpo da jovem, que foi finalmente içado nessa quarta-feira, dia 25 de junho.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na própria quarta-feira, Widiyanti falou com bastante pesar sobre o ocorrido e aproveitou pra reforçar o compromisso do governo indonésio com a segurança dos visitantes. Ela disse que espera sinceramente que o caso de Juliana seja o último tipo de tragédia envolvendo turistas em pontos turísticos do país.
“Esperamos de coração que esse tenha sido o último incidente. Nosso objetivo é que não haja mais nenhum acidente em nossos destinos turísticos. Um único caso já é o suficiente pra prejudicar bastante a imagem do nosso turismo internacionalmente”, declarou a ministra, visivelmente abalada.
Esse tipo de posicionamento vem num momento delicado, já que o turismo internacional na Indonésia ainda se recupera dos impactos da pandemia de COVID-19. Com a retomada de voos e o aumento no fluxo de estrangeiros, a segurança nas trilhas, praias e demais atrações naturais do país virou um ponto de atenção pra autoridades. O caso de Juliana chama a atenção não só pelo desfecho trágico, mas também pelo tempo que levou pra que o corpo fosse resgatado — o que levanta questões sobre a estrutura de emergência nesses locais mais isolados.
A ministra também aproveitou pra expressar solidariedade à família de Juliana e afirmou que o governo indonésio está mantendo contato direto com a embaixada do Brasil pra garantir total transparência nas informações. Segundo relatos da mídia local, o corpo da jovem foi encaminhado a um hospital, onde deve passar pelos procedimentos legais e burocráticos necessários antes da repatriação.
Apesar de ser um destino considerado paradisíaco, o Monte Rinjani exige preparo físico e experiência dos visitantes. A trilha é longa, íngreme e costuma ser desafiadora até mesmo pra montanhistas mais experientes. E embora muitos turistas se aventurem sem guias, especialistas locais recomendam sempre contratar profissionais pra fazer esse tipo de rota, principalmente devido às mudanças climáticas repentinas e aos trechos escorregadios.
Essa tragédia também reascende o debate sobre a regulamentação do turismo de aventura na Indonésia. Há quem defenda normas mais rígidas e até limite no número de visitantes em certas áreas pra evitar novos acidentes. Enquanto isso, plataformas como TripAdvisor e redes sociais vêm sendo usadas por viajantes pra relatar experiências e alertar outros sobre os riscos que podem encontrar.
Juliana, segundo amigos e familiares que se manifestaram pelas redes sociais, era apaixonada por viagens e natureza. Tinha o sonho de conhecer o maior número de vulcões possível e já havia visitado diversos países da Ásia e da América Latina. Seu falecimento gerou uma comoção entre brasileiros e turistas em geral, que vêm pedindo mais atenção à segurança nos locais turísticos do sudeste asiático.
A morte de uma jovem cheia de vida como Juliana não pode passar despercebida. É um lembrete duro e necessário de que o turismo, por mais bonito que pareça, precisa ser seguro, responsável e bem planejado, tanto por parte dos governos quanto dos próprios viajantes.