Queda de cabelo? Ingrediente bastante consumido pode ser o culpado

Quem poderia imaginar que um suplemento, anteriormente visto como benéfico para a saúde, poderia estar relacionado à queda de cabelo? Certamente, você já deve ter ouvido falar sobre a importância de uma alimentação saudável para manter o cabelo em boa condição e sobre o óleo de peixe, que é frequentemente elogiado por seus diversos benefícios, inclusive para o brilho capilar. Entretanto, surpreendentemente, uma reviravolta intrigante surgiu recentemente nesse cenário.

Em uma descoberta que deixou a comunidade científica perplexa e nos surpreendeu, um estudo publicado na revista Cell Reports trouxe informações que nos levam a reconsiderar o uso do óleo de peixe. Quem poderia prever que um suplemento, previamente considerado benéfico para a saúde, estaria ligado à perda de cabelo?

Vamos explorar mais profundamente essa questão. Inicialmente, o estudo tinha como propósito investigar a ligação entre dietas ricas em gordura e a proliferação de tumores cancerígenos. Contudo, surge um detalhe surpreendente: ratos que ingeriam dietas abundantes em óleo de peixe começaram a experimentar a perda de pelo, principalmente na área das costas.

No entanto, como isso pode acontecer? Os cientistas, por meio de técnicas de fluorescência, mapearam o trajeto das gorduras no corpo dos roedores. A explicação estava relacionada ao ômega-3, um elemento presente no óleo de peixe. Esse elemento, ao se acumular na pele dos animais, desencadeava uma série de reações no sistema imunológico, resultando na morte das células nos folículos capilares e, como resultado, na perda de cabelo.

Antes de entrar em pânico e descartar todos os seus suplementos, é importante manter a calma. Os pesquisadores são cuidadosos em suas conclusões. São necessários estudos adicionais para determinar se os efeitos observados em camundongos se aplicam a nós, seres humanos.

Entretanto, essa revelação nos estimula a ponderar sobre nossos padrões alimentares e a importância do equilíbrio. Dietas amplamente reconhecidas em todo o mundo, como a Mediterrânea, Flexitariana e Asiática, colocam ênfase na ingestão de alimentos frescos, repletos de fibras, proteínas e uma variedade de nutrientes fundamentais.

Em um período caracterizado pela profusão de informações e modismos dietéticos, a chave pode residir na sabedoria convencional e no aconselhamento de especialistas. O estresse também é um desencadeador da queda de cabelo. Descubra a conexão entre o estresse e a perda de cabelo e saiba como reduzir seu impacto na saúde dos fios.

O estresse manifesta sintomas que extrapolam seu impacto emocional e psicológico, podendo ocasionar diversas transformações no corpo, incluindo a perda de cabelo. Essa perda capilar pode ser categorizada em três tipos distintos relacionados ao estresse: eflúvio telógeno (queda temporária de cabelo), tricotilomania (desejo de arrancar o cabelo) e alopecia areata (resultado de distúrbios do sistema imunológico).

A dermatologista e professora Chris G. Adigun, em uma entrevista ao portal Real Simple, esclarece que o tipo mais frequente é o eflúvio telógeno. Segundo ela, “esse distúrbio resulta em uma queda de cabelo generalizada, sem deixar cicatrizes, podendo ser de curta ou longa duração.”

O eflúvio telógeno é uma condição que induz os folículos capilares a entrarem prematuramente na fase de repouso, resultando na perda de cabelo. Essa ocorrência frequentemente se manifesta cerca de três meses após um episódio estressante.

A perda de cabelo associada ao estresse pode ser discreta e, frequentemente, não é notada de imediato. Em um estudo de 2021 publicado na revista Nature, pesquisadores de Harvard confirmaram que o hormônio do estresse predominante, o cortisol, “induz as células-tronco do folículo capilar a entrar em uma fase de repouso prolongada, sem permitir a regeneração do folículo ou do cabelo”, conforme relatado pelo Harvard Gazette.