Rio Grande do Sul encerra quarentena contra influenza aviária após 28 dias sem novos casos
O governo do Rio Grande do Sul anunciou o fim da quarentena sanitária em Montenegro, uma cidade situada no Vale do Caí, após um período de 28 dias sem a identificação de novos registros da influenza aviária de alta patogenicidade, especificamente a cepa H5N1, no plantel comercial. Essa decisão foi formalizada em uma nota oficial e sinaliza um avanço importante na contenção da doença que, desde a sua confirmação, levou a uma série de ações rigorosas para garantir a saúde animal e, por consequência, a saúde pública.
Desde a confirmação do primeiro foco da doença em 15 de maio, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e o Ministério da Agricultura (Mapa), em parceria com outras instituições, têm trabalhado incansavelmente para monitorar e conter a influenza aviária. Ao longo desse período, cerca de 2 mil inspeções foram realizadas em propriedades rurais localizadas nas zonas de contenção. Essas fiscalizações foram abrangentes, envolvendo todas as 540 propriedades registradas na área considerada de risco.
Ações de contenção e monitoramento
A implementação de um conjunto de medidas de contenção foi crucial para o fim da quarentena. As ações seguiram as diretrizes do Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária, que incluiu a instalação de barreiras sanitárias que abordaram mais de quatro mil veículos. Além disso, houve um aumento significativo na frequência das visitas nas áreas de risco, com ciclos de monitoramento estabelecidos em perímetros de três e dez quilômetros ao redor do foco inicial da doença.
A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, comentou sobre a importância da atuação integrada das equipes envolvidas e destacou o uso de tecnologias, como a Plataforma de Defesa Sanitária Animal (PDSA-RS). Segundo ela, essa ferramenta tem facilitado a organização das ações e possibilitado decisões em tempo real, o que é fundamental em situações de emergência sanitária.
“O encerramento da quarentena, sem a identificação de novos focos da doença, é um indicativo da eficácia do nosso sistema de defesa sanitária. Isso demonstra o nosso compromisso não só com a saúde animal, mas também com a saúde pública”, afirmou Rosane.
Histórico de investigações
É interessante notar que desde o ano de 2022, o Serviço Veterinário Oficial do Estado já havia conduzido 539 investigações referentes a casos suspeitos de síndrome respiratória e nervosa em aves. No episódio atual, iniciado em maio, foram realizadas 30 novas investigações e 17 coletas de amostras. Das análises realizadas, apenas um resultado positivo foi observado, que se referiu a uma ave silvestre, um joão-de-barro, que foi encontrado nas proximidades da granja afetada.
Esse incidente ressalta a importância do monitoramento contínuo e da vigilância sanitária, pois, mesmo com o fechamento do foco, a presença do vírus em aves silvestres indica que a situação ainda requer atenção. As autoridades estão alertas e preparadas para agir rapidamente caso novos casos surjam.
Conclusão
A situação em Montenegro, no Rio Grande do Sul, serve como um exemplo de como a atuação coordenada e eficiente de diferentes instituições pode levar à superação de crises sanitárias. O trabalho conjunto das equipes de saúde animal, aliado à tecnologia e à fiscalização rigorosa, demonstrou ser eficaz na contenção de uma doença que poderia ter consequências sérias para a avicultura e para a saúde pública. O encerramento da quarentena é um sinal positivo de que, com as medidas corretas, é possível controlar e prevenir surtos de doenças como a influenza aviária.
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