O ano de 1999 permanece gravado na memória do Brasil como o ano em que a vida do lendário cantor Roberto Carlos mudou para sempre. Sua então esposa, Maria Rita Simões Braga, travava uma batalha corajosa contra um inimigo implacável: o carcinoma neuroendócrino, uma forma de câncer notoriamente difícil de tratar devido à sua natureza agressiva e à propensão de se espalhar rapidamente pelo corpo.
Maria Rita, além de ser uma pedagoga dedicada, era conhecida por sua gentileza e carinho, qualidades que a tornaram amada por muitos. Sua luta contra o câncer não apenas comoveu o coração de Roberto Carlos, mas também mobilizou o país inteiro. Durante cerca de um ano, o casal deu um exemplo impressionante de fé e determinação, inspirando milhões de pessoas com sua coragem diante da adversidade.
Um dos momentos mais tocantes dessa jornada foi a visita de Maria Rita ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, um gesto de esperança e devoção que ressoou profundamente com aqueles que acompanhavam sua luta. No entanto, a tragédia inevitável chegou, e Maria Rita partiu muito jovem, deixando um vazio profundo no coração de Roberto Carlos e de todos que a conheciam.
Para muitos fãs dedicados do cantor, Maria Rita foi mais do que apenas uma esposa; ela foi a mulher que ele mais amou. Após a perda devastadora, especulações começaram a surgir sobre o motivo pelo qual Roberto Carlos nunca mais se envolveu romanticamente com outra pessoa. O cantor, desde então, permaneceu solteiro, alimentando a crença de que Maria Rita foi e sempre será o grande amor de sua vida.
O destino, no entanto, reserva surpresas inexplicáveis e emocionantes. Em 2011, uma história extraordinária começou a circular, capturando a imaginação e tocando os corações de muitos. Uma suposta carta psicografada, atribuída à médium Rosane Amantéa, teria sido enviada de Maria Rita ao seu amado Roberto Carlos. Neste texto comovente, o espírito de Maria Rita supostamente se comunicava do além, revelando detalhes surpreendentes sobre sua experiência espiritual após a morte.
A carta descrevia um estado de paz e liberdade, onde Maria Rita não sentia mais dor, graças a um tratamento espiritual que ela estava recebendo. Segundo o texto, ela e outros espíritos aplicavam sedativos espirituais feitos a partir de materiais fluidos das árvores da Terra e dos fluidos do mundo espiritual, aliviando o sofrimento daqueles que estavam em transição para o além.
Ainda na carta, por exemplo, Maria dizia não sentia mais dores, pois estava em tratamento espiritual. ” Sentiam dores e gritavam, mas, rapidamente, nós aplicávamos sedativos espirituais feitos nas colônias espirituais, à base de matérias fluídicas das árvores da Terra e dos fluidos daqui mesmo”, diz o texto, que, constantemente, volta a ser comentado nas redes sociais.
Esta carta psicografada, embora envolta em mistério e ceticismo, reacendeu a esperança em muitos corações partidos. As palavras de Maria Rita, ainda que questionadas por alguns, proporcionaram consolo e conforto àqueles que perderam entes queridos para o câncer e outras doenças graves. A ideia de que existe algo mais além da vida terrena, algo espiritual e transcendental, trouxe um lampejo de luz para aqueles que enfrentam a dor da perda.
O caso da suposta carta psicografada também suscitou debates fervorosos sobre espiritualidade, vida após a morte e a natureza do amor verdadeiro. Independentemente da autenticidade da carta, ela serviu como um lembrete poderoso de que o amor é uma força eterna, capaz de transcender os limites da vida e da morte. A história de Roberto Carlos e Maria Rita continua a inspirar, não apenas como um conto de amor profundo e trágico, mas também como uma narrativa que nos faz refletir sobre a natureza misteriosa e insondável da existência humana.
