O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente, de ser um “covarde” após ser citado em uma denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o implicaria em um suposto plano para matar membros dos Três Poderes, incluindo ele próprio, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, e a denúncia feita pela PGR, Bolsonaro seria o líder de um grupo criminoso que teria planejado as mortes de Lula, Alckmin e Moraes. Esse plano, como foi relatado, recebeu o nome de “Punhal Verde e Amarelo”. Bolsonaro, por sua vez, negou todas as acusações e classificou a denúncia como uma “ficção”.
Em uma entrevista, Lula comentou sobre o caso, dizendo que Bolsonaro é um mentiroso e um covarde. Ele ainda afirmou que o ex-presidente deveria ter coragem de enfrentar o julgamento, ao invés de pedir anistia antes mesmo de ser julgado. Lula também declarou que Bolsonaro estava com medo de ser responsabilizado por seus atos e, por isso, estava buscando uma saída antecipada. “A fábrica da mentira desse país foi divulgada por um presidente da República que esse país teve, que não quero divulgar o nome, que tá pedindo anistia antes de ser julgado”, disse Lula. “Ele, na verdade, está com medo.”
Lula ainda comentou sobre um projeto de lei que Bolsonaro tem apoiado, que visa conceder anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, os quais foram vistos como ataques antidemocráticos. A ideia do projeto é que, se aprovado, isso reverteria a inelegibilidade de Bolsonaro, permitindo que ele concorra novamente à presidência em 2026.
Para Lula, a atitude de Bolsonaro foi um ato de covardia, pois o ex-presidente teria tentado dar um golpe, orquestrado a morte de várias pessoas e, quando não deu certo, fugido para Miami. “Ele foi covarde, tramou um golpe, tramou a morte do presidente da República, tramou a morte do vice, tramou a morte do presidente da Justiça Eleitoral e, quando não conseguiu, meteu o rabo entre as pernas e fugiu lá para Miami”, afirmou Lula.
Por outro lado, os advogados de Bolsonaro já apresentaram a defesa, negando a participação do ex-presidente no plano de golpe de Estado, alegando que ele não teve envolvimento nos eventos pós-eleição de 2022. Eles também pediram que a denúncia não fosse aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a validade das acusações feitas pela PGR.
Essa disputa entre Lula e Bolsonaro parece ser uma das mais acirradas da história recente do Brasil. As acusações são graves e, se comprovadas, teriam implicações muito sérias para o futuro político do ex-presidente Bolsonaro. Enquanto isso, Lula segue firme em sua posição, cobrando justiça e criticando o comportamento de seu antecessor. A tensão política entre ambos ainda promete muitos desdobramentos nos próximos meses.