Vulcão em que Juliana Marins morreu é considerado um portal sagrado

Era para ser mais uma aventura entre tantas outras. Juliana Marins, brasileira, mochileira, corajosa e amante de trilhas, decidiu encarar o desafio de subir o Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Mas o que era sonho virou tragédia: Juliana foi encontrada morta após sofrer uma queda durante a trilha no vulcão. O acidente, além de abalar amigos e familiares, acendeu alertas sobre os riscos de certos roteiros turísticos também despertou a atenção sobre o misticismo em torno do local.

O Rinjani, com seus mais de 3.700 metros de altitude, não é apenas um ponto turístico. Ele é sagrado. Para o povo Sasak, que vive na ilha, o monte é mais que uma montanha é quase uma entidade. Morada de espíritos ancestrais, berço de lendas, e um elo entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Eles acreditam que ali habitam protetores invisíveis, guardiões de outra dimensão, capazes de trazer cura, descanso e até consolo à alma inquieta.