Na última terça-feira (24), chegou a notícia que ninguém queria ouvir: Juliana Marins, brasileira de 26 anos, foi encontrada morta na Indonésia, depois de dias de buscas num dos pontos mais perigosos do vulcão onde ela havia caído. O caso, que tomou as redes sociais e mobilizou não só a família, mas também centenas de pessoas ao redor do mundo, terminou de forma trágica.
Mas o que mais pegou o coração de todo mundo foi um detalhe que veio à tona pouco depois da confirmação da morte. Menos de um mês antes da tragédia, Juliana fez um post em seu Instagram que agora soa quase como uma despedida – embora, claro, ninguém pudesse imaginar isso naquele momento. No dia 27 de maio, ela compartilhou uma série de fotos com a família, num tom cheio de saudade e carinho.
“Hoje liguei pra eles chorando de saudade. Terminei a ligação com um sorrisão no rosto, rindo das bobeiras dos meus pais e com uma paz no coração por ter vindo ao mundo nessa família”, escreveu Juliana na legenda. E ainda comentou, em tom bem de quem tá contando algo cotidiano: “Ah, e claro que minha irmã teve que sair no início da conversa porque ela tinha que entrar numa reunião.”
Esses detalhes simples, quase banais, agora ganham outro peso, uma emoção diferente. Mostram o quanto ela valorizava a família, mesmo longe — ela na Ásia, eles aqui no Brasil. Essa publicação acabou sendo, sem querer, o último registro dela com os entes queridos antes do acidente.
Buscas intensas e o comunicado da família
Juliana desapareceu no sábado (21), após cair de um penhasco numa trilha no vulcão Merapi, um dos mais ativos da Indonésia. As autoridades locais e equipes de resgate, junto com voluntários e até turistas que estavam por perto, passaram quatro dias enfrentando condições bem difíceis no terreno montanhoso pra tentar encontrá-la. A região tem clima instável, com chuvas repentinas e visibilidade baixa, o que dificultou ainda mais a operação.
A família, que criou um perfil nas redes sociais pra centralizar informações, vinha atualizando tudo por lá, pedindo orações, apoio e divulgando o andamento das buscas. Na terça, infelizmente, veio a confirmação do pior.
“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, escreveu a família na conta criada pra acompanhar o caso. Eles ainda agradeceram pelas mensagens, orações e todo carinho que receberam nesses dias.
Repercussão e homenagens
A notícia rapidamente se espalhou e muitas pessoas começaram a prestar homenagens, mesmo quem não conhecia Juliana pessoalmente. Amigos, ex-colegas de trabalho e até desconhecidos deixaram mensagens emocionadas nas redes sociais, destacando a alegria, a leveza e a coragem dela em explorar o mundo. Uma jovem cheia de sonhos, que tava vivendo uma experiência internacional, buscando crescer tanto pessoal quanto profissionalmente.
Em meio à dor, ficou claro o quanto ela era querida e o impacto que sua história teve em tanta gente. Com tantas tragédias acontecendo no mundo — da guerra em Gaza às enchentes no Sul do Brasil —, essa é mais uma que toca pela forma como revela a fragilidade da vida, e a importância de aproveitar cada instante com quem a gente ama.