Bebê é internado com bronquiolite e precisa amputar o pé; família acusa hospital de negligência

A Triste História de Heitor: Uma Luta pela Vida e Justiça

Heitor Gustavo Ribeiro é um nome que, infelizmente, se tornou sinônimo de dor e luta por justiça. Com apenas dois meses de vida, esse bebê enfrentou uma batalha que nenhum ser humano deveria passar, e a história dele vai além do que se vê à primeira vista. O pequeno Heitor foi diagnosticado com bronquiolite e acabou internado em um hospital na Bahia, mas o que deveria ser um tratamento para sua recuperação se transformou em um pesadelo. Durante a internação, uma infecção grave se desenvolveu e isso levou à amputação de seu pé direito. A família, devastada, alega negligência médica, e essa história nos faz refletir sobre a fragilidade da vida e a importância de um cuidado médico adequado.

A Internação e as Complicações

Heitor foi primeiramente internado no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, uma cidade baiana que, embora tenha uma estrutura razoável, não estava preparada para as complicações que o bebê enfrentaria. Ele chegou à unidade de saúde no dia 16 de maio e, após ser diagnosticado com bronquiolite, foi direto para a UTI Pediátrica. A mãe do bebê, Sara Ribeiro, relatou momentos de desespero, especialmente quando Heitor sofreu uma parada cardiorrespiratória durante um exame de raio-X. Essa situação crítica poderia ter sido evitada com um melhor acompanhamento e cuidado.

O problema se agravou ainda mais quando, devido ao acesso venoso inserido no pé direito do bebê, houve um vazamento de medicação. Sara contou que, no dia seguinte, percebeu que o pé de Heitor estava muito roxo e que um dos profissionais de saúde chegou a confundir o líquido com urina. Essa confusão foi o que, segundo a família, desencadeou uma infecção que levou à necrose do membro. É triste pensar que um erro humano pode custar tanto, especialmente na vida de uma criança tão pequena.

A Transferência e a Amputação

Após 22 dias de espera e a intervenção do Ministério Público da Bahia, Heitor finalmente foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) em Salvador. A situação do bebê, no entanto, já era crítica. No HGE, os médicos, em um momento angustiante para a família, recomendaram a amputação do pé direito de Heitor. Sara, cheia de dor e sofrimento, teve que assinar a autorização para esse procedimento. Ela descreveu essa experiência como uma das mais difíceis da sua vida, um verdadeiro luto pelo que poderia ter sido e não foi. “É uma dor, um sofrimento”, afirmou em uma entrevista à TV Bahia.

O Que Diz a Secretaria de Saúde

Em resposta às acusações de negligência, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu uma nota afirmando que Heitor recebeu assistência integral e humanizada durante toda a sua permanência nas unidades de saúde. Segundo a secretaria, a gravidade do caso do bebê exigiu um acompanhamento especializado, e todos os procedimentos foram informados aos familiares. Apesar disso, a família continua a acreditar que houve falhas graves na assistência, que poderiam ter evitado a amputação.

Reflexões sobre o Caso

Essa história é um lembrete da fragilidade da vida e da importância de um sistema de saúde que funcione de forma eficiente e cuidadosa. A luta de Sara e Heitor é um apelo por melhores condições no atendimento médico, especialmente para os mais vulneráveis, como os bebês. A negligência médica não deve ser uma realidade, e cada caso deve ser tratado com a seriedade que merece.

  • Importância do acompanhamento médico: A história de Heitor serve como um alerta sobre a necessidade de um acompanhamento contínuo e atento.
  • Direitos dos pacientes: É fundamental que os familiares conheçam seus direitos e busquem justiça quando necessário.
  • Humanização no atendimento: A saúde deve ser tratada com empatia e respeito, principalmente em situações críticas.

Por fim, é essencial que histórias como a de Heitor sejam compartilhadas, não apenas para honrar sua luta, mas para que outros não passem pelo mesmo sofrimento. Que essa situação seja uma oportunidade para todos refletirem sobre a importância de um atendimento médico de qualidade e uma vigilância constante para evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro.