Na última terça-feira (17/6), saíram os laudos da Polícia Técnico-Científica de São Paulo sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior. Segundo esses documentos, ele morreu por asfixia, mas também foi constatado que ele sofreu machucados no joelho antes de morrer. O corpo de Adalberto foi encontrado no dia 3 de junho, dentro de um buraco numa área em obras perto do Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.
O laudo anatomopatológico detalhou o exame de vários órgãos, entre eles um pedaço irregular de pele do joelho, que apresentava escoriações — aquelas lesões superficiais na pele, sabe? O perito responsável concluiu que essas feridas no joelho não eram antigas, pois observaram perda da camada superficial da pele e um afinamento da região ao redor. Além disso, havia sinais claros de inflamação intensa. Também apareceram pequenos pontos de sangramento recente, o que indica que as lesões aconteceram enquanto Adalberto ainda estava vivo.
Além disso, os peritos notaram lesões nos pulmões do empresário que são compatíveis com hipoxemia. Pra quem não sabe, hipoxemia é a diminuição anormal da quantidade de oxigênio no sangue arterial. Essa condição está relacionada com a asfixia, o que reforça a conclusão principal do laudo: Adalberto morreu por falta de oxigênio.
Outro ponto importante: o laudo toxicológico, que analisa substâncias no corpo, não detectou álcool, drogas, remédios, pesticidas ou qualquer outra coisa no sangue dele. Ou seja, a hipótese de morte por intoxicação ou envenenamento está descartada.
Essa informação é interessante porque entra em contradição com o depoimento de Rafael Aliste, um amigo que estava com Adalberto num evento no Autódromo de Interlagos no dia em que o empresário sumiu, 30 de maio. Rafael disse à polícia que Adalberto tinha consumido maconha e umas oito cervejas naquela noite, e que ele estava “mais agitado que o normal”. Porém, os exames não mostraram sinais de álcool ou droga no organismo de Adalberto, o que levanta dúvidas sobre o que realmente aconteceu.
Outro laudo chamou atenção ao identificar a presença do Antígeno Prostático Específico (PSA) no pênis de Adalberto. O PSA é uma proteína produzida pela próstata, normalmente presente no sêmen dos homens. Essa descoberta é bastante comum e não significa nada fora do normal. Para reforçar, os peritos não encontraram espermatozoides nas cavidades oral e anal, o que afasta qualquer suspeita de violência sexual no caso.
É importante lembrar que esse caso ganhou bastante repercussão porque Adalberto Amarilio Júnior era uma figura conhecida e seu desaparecimento deixou familiares, amigos e a sociedade em alerta. Encontrar o corpo em um local tão isolado e em condições estranhas levantou várias perguntas, e até agora a investigação tenta montar o quebra-cabeça dos últimos dias da vida dele.
Além dos laudos, a polícia continua ouvindo testemunhas e analisando imagens de câmeras próximas ao local onde o corpo foi achado. Nos últimos meses, infelizmente, a região de Interlagos tem sido palco de alguns incidentes e casos policiais, o que dificulta ainda mais a investigação.
Enquanto isso, a família de Adalberto ainda busca respostas e clama por justiça. Mesmo com esses laudos técnicos, muita coisa ainda não está clara sobre o que realmente aconteceu naquela noite entre o desaparecimento e a descoberta do corpo.
Para resumir: ele morreu por asfixia, teve lesões no joelho antes de morrer, não havia sinais de intoxicação nem de violência sexual. Mas o que causou a asfixia? Isso ainda está sendo apurado.
O caso está em andamento e deve ganhar novos desdobramentos nas próximas semanas. A polícia quer entender se houve participação de terceiros ou se foi um acidente, ou algum outro motivo que levou à morte do empresário.
Enquanto isso, a gente fica acompanhando as notícias, torcendo para que a verdade apareça e para que os responsáveis, se houver, sejam punidos. Afinal, toda vida importa e casos assim sempre merecem atenção, principalmente quando envolvem pessoas que tinham uma vida pública e uma história para contar.