Na manhã da última terça-feira, dia 24 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) veio à público expressar sua tristeza diante de uma tragédia que comoveu o país de ponta a ponta: a morte da jovem brasileira Juliana Marins, de apenas 26 anos, em território estrangeiro.
Juliana, que era natural de Niterói, no Rio de Janeiro, estava realizando um mochilão pela Ásia — aventura que muitos jovens sonham em fazer. Durante uma trilha em um vulcão localizado na Indonésia, ela sofreu um acidente fatal. A trilha, que duraria três dias, foi interrompida no segundo dia, quando ela escorregou e caiu de um penhasco em uma área de difícil acesso. Segundo relatos, a queda foi de uma altura bastante considerável, com dezenas — talvez centenas — de metros de profundidade.
A notícia chegou até os brasileiros de forma fragmentada, como costuma acontecer hoje em dia. Primeiro foram vídeos compartilhados nas redes sociais, onde se via Juliana acenando com uma lanterna, ainda viva, após a queda. As imagens foram feitas com a ajuda de drones utilizados por outros trilheiros. A comoção foi imediata. Amigos, desconhecidos, até celebridades compartilharam o caso, apelando por agilidade das autoridades.
Lula, ao tomar conhecimento da situação e da enorme comoção pública, publicou uma nota lamentando profundamente o ocorrido. “Recebi com muita tristeza a notícia da morte de Juliana Marins. […] Que Deus conforte seus corações”, escreveu em suas redes sociais. Ele também destacou que os serviços diplomáticos brasileiros na Indonésia estavam oferecendo todo apoio possível à família da vítima, que enfrentava um momento de dor quase inimaginável.
A operação de resgate, que durou quatro dias intensos, não foi nada fácil. O local onde Juliana caiu é de acesso extremamente complicado, com encostas íngremes, vegetação fechada, e clima instável — com ventos fortes e neblina espessa. Isso dificultou muito os trabalhos. Não demorou para que surgissem críticas em relação à demora no resgate e a suposta falta de preparo das autoridades locais.
Muita gente nas redes também cobrou mais ação do Itamaraty e questionou a lentidão do governo indonésio. A família da jovem chegou a fazer campanha online pedindo pressão diplomática e internacional. Segundo fontes ligadas ao caso, o Ministério das Relações Exteriores realmente entrou em ação nos bastidores, buscando apoio para acelerar a operação.
Na manhã de terça, após dias de incerteza, os socorristas enfim conseguiram alcançar o ponto exato onde Juliana estava. Infelizmente, já sem vida. A confirmação do falecimento foi recebida com pesar por milhares de brasileiros que vinham acompanhando o drama quase em tempo real pela internet.
Juliana era formada em publicidade e parecia estar vivendo uma das fases mais livres da vida. Pelas postagens que mantinha nas redes, dava pra ver que ela estava encantada com as paisagens do Sudeste Asiático, com a cultura local e com os encontros que uma viagem desse tipo costuma proporcionar.
Infelizmente, o sonho acabou de forma precoce. Resta agora a dor da perda, os questionamentos sobre o que poderia ter sido diferente, e o difícil processo de trazer o corpo de volta ao Brasil — algo que, segundo especialistas, pode demorar vários dias e exige uma burocracia extensa.
Casos como esse nos lembram da fragilidade da vida e da importância de cuidados redobrados em aventuras fora do país, especialmente em locais de risco. Também mostram, mais uma vez, como o poder da mobilização digital pode trazer visibilidade, mas nem sempre evita o pior.