Na noite do último domingo, dia 12 de março, foi marcada por uma transmissão ao vivo feita pela cantora gospel Maria Marçal e sua mãe. O objetivo da transmissão foi esclarecer a situação pela qual a família da jovem está passando, após um pronunciamento polêmico feito pelo pastor Erivaldo dos Santos, da igreja Pentecostal Brilho no Olhar.
No vídeo publicado pelo pastor, ele afirma que está entregando uma “profecia” sobre a cantora mirim, que teria sido alertada por Deus sobre um suposto “espírito de lesbianismo” que estaria tentando possuí-la. O teor das declarações gerou grande repercussão e indignação por parte da família da jovem e de muitos seguidores da cantora nas redes sociais.
Diante da situação, a mãe de Maria Marçal decidiu fazer uma transmissão ao vivo para esclarecer os fatos e pedir que o pastor retirasse o vídeo de suas redes sociais. Durante a transmissão, a cantora mirim surge aos prantos para falar sobre o assunto, demonstrando toda a sua angústia e aflição com as acusações infundadas.
O episódio evidencia a importância de se debater questões relacionadas à diversidade de escolha de gênero na sociedade atual, e a necessidade de combater atitudes discriminatórias e preconceituosas, especialmente quando se trata de jovens e adolescentes que estão descobrindo sua identidade e orientação.
É preciso lembrar que a opção do gênero não é uma doença ou uma escolha, mas sim uma orientação natural e legítima, que deve ser respeitada e acolhida. O preconceito e a discriminação contra LGBTs têm causado muito sofrimento e exclusão na sociedade, e é fundamental que se combata essa realidade para construir uma sociedade mais justa e igualitária.
A postura do pastor Erivaldo dos Santos e sua atitude de tentar “alertar” a cantora mirim sobre um suposto “espírito de lesbianismo” são lamentáveis e contraproducentes, pois perpetuam a discriminação e o preconceito contra pessoas LGBTs, além de causar um grande sofrimento à família da jovem e à própria cantora.
Nesse sentido, é importante que a sociedade como um todo se mobilize para combater atitudes discriminatórias e preconceituosas, e para promover o respeito e a acolhida à diversidade e escolha de gênero. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as pessoas possam viver em paz e em harmonia, independentemente de sua opção ou identidade de gênero.