A possível despedida de William Bonner da bancada do Jornal Nacional está dando o que falar nos bastidores da Globo. Com quase 40 anos de casa, o jornalista voltou ao telejornal no último dia 23 de junho, depois de um tempinho afastado, e isso reacendeu (com força) os boatos sobre sua aposentadoria. E olha que não é a primeira vez que isso rola. Mas dessa vez o burburinho parece mais real.
O retorno aconteceu justo na mesma semana em que ele completou 39 anos de trabalho na emissora. Coincidência? Talvez, mas também pode ser um jeito simbólico de marcar uma transição. Uma virada de página, por assim dizer.
Nos corredores da redação da Globo no Rio, o clima é de que a permanência de Bonner tá com os dias contados. Segundo apurou o portal Terra, há quem diga que ele deve ficar só até bater 40 anos de empresa — ou no máximo até terminar a cobertura das eleições presidenciais de 2026. Depois disso, ele se despede.
A dúvida que paira no ar agora é: quem vai assumir o lugar de um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro?
Bonner quer desacelerar (mas nem tanto)
Em entrevista recente ao programa Conversa com Bial, Bonner, que tem 61 anos, falou abertamente sobre a ideia de se aposentar. Disse que não tem pressa, mas pensa numa vida mais tranquila. Contou, inclusive, que viu o pai envelhecer rapidamente depois que largou tudo e parou de trabalhar — e ele não quer repetir isso.
A ideia dele é ir diminuindo o ritmo aos poucos, sem largar tudo de uma vez. Até porque ele também quer mais tempo pra viajar, curtir a família e visitar os filhos que moram fora do Brasil. “Não quero parar por completo”, ele disse. E dá pra entender, né? Depois de uma carreira tão intensa, ninguém quer simplesmente desligar tudo.
Globo já se mexe
Enquanto Bonner vai preparando a saída de forma bem discreta, a Globo também não tá parada. Internamente, o nome de César Tralli aparece como o favorito pra assumir a bancada do JN. Ele já substituiu Bonner várias vezes, tem uma presença forte e caiu no gosto do público — e, claro, da direção também.
A escolha do sucessor não é simples. O Jornal Nacional continua sendo o telejornal mais assistido do país, e qualquer mudança ali gera impacto direto na imagem da emissora. Não é só trocar de apresentador e pronto — tem todo um trabalho de bastidor, de estratégia, de manter a confiança do público.
O plano, segundo fontes próximas à cúpula da Globo, é fazer uma transição suave, sem sobressaltos. A emissora quer preservar a identidade do telejornal, que é quase uma instituição brasileira, sem deixar de olhar pro futuro.
O fim de uma era?
É inegável que a saída de William Bonner do JN vai marcar o fim de uma era na TV brasileira. Desde 1996 no comando do telejornal, ele se tornou uma figura de confiança nas noites dos brasileiros. Seu jeito sério, porém acessível, virou referência.
Mas tudo tem seu tempo. E, pelo jeito, o de Bonner no JN tá chegando ao fim. Se for mesmo, que seja com a dignidade e o respeito que ele sempre mostrou ao longo de todos esses anos.
E que venha o novo — com responsabilidade, claro.