Diogo Jota chegou a ser aconselhado por médicos a não viajar de avião

A madrugada desta quinta-feira, dia 3 de julho, ficou marcada por uma tragédia que abalou o mundo do futebol. Diogo Jota, atacante do Liverpool e peça importante da seleção portuguesa, faleceu num grave acidente de carro na região de Palacios de Sanabria, na Espanha. Ele viajava ao lado do irmão, André Silva, rumo à Inglaterra, onde se reapresentaria ao clube inglês para o início da pré-temporada.

O que era pra ser uma viagem tranquila acabou em tragédia. Segundo fontes da imprensa portuguesa, Jota havia passado por uma cirurgia recente no pulmão – detalhes sobre o motivo exato ainda são vagos –, e por recomendação médica, ele não poderia viajar de avião. A pressão atmosférica poderia interferir na sua recuperação. Por isso, ele optou por fazer o trajeto por terra até Santander, na costa norte da Espanha. De lá, a dupla pegaria um barco com destino a Portsmouth, já no sul da Inglaterra.

Os dois estavam numa Lamborghini – ainda não se sabe se era alugada ou de propriedade do jogador – e seguiam pela rodovia A-52, uma via que conecta partes da Galícia à fronteira com Portugal, passando por áreas montanhosas e trechos sinuosos.

Foi exatamente no km 65 da A-52 que tudo aconteceu. De acordo com informações da Guarda Civil Espanhola, durante uma tentativa de ultrapassagem, um dos pneus do carro estourou. A perda de controle foi imediata. O carro saiu da pista e, tragicamente, pegou fogo. As autoridades ainda aguardam a conclusão da perícia, mas já confirmaram que o impacto foi violento e que o fogo consumiu grande parte do veículo. Testemunhas disseram que o fogo tomou conta em poucos minutos, o que impossibilitou qualquer tentativa de resgate.

O Liverpool confirmou a morte do jogador por meio de uma nota nas redes sociais, lamentando profundamente a perda. A Federação Portuguesa de Futebol também se pronunciou, destacando o papel de Jota como atleta e ser humano. Vários jogadores, incluindo Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva e Bruno Fernandes, publicaram mensagens emocionadas em homenagem ao colega.

Diogo Jota tinha apenas 28 anos e uma carreira em plena ascensão. Era visto como um dos pilares da renovação da seleção portuguesa e vinha de boas temporadas com a camisa do Liverpool, clube pelo qual conquistou títulos e o carinho dos torcedores. Sua última participação oficial com a seleção havia sido na Euro de 2024, onde Portugal chegou às quartas-de-final.

André Silva, seu irmão, foi socorrido com vida e permanece hospitalizado em estado estável, segundo nota do hospital de Zamora. Ainda não há previsão de alta. Familiares dos dois já estariam a caminho da Espanha para acompanhar de perto os trâmites legais e o translado do corpo de Diogo para Portugal.

A morte de Jota deixou um vazio não só no futebol, mas entre os fãs que o acompanhavam desde os tempos de Paços de Ferreira e Wolverhampton. Ele era conhecido pelo seu estilo aguerrido em campo e pela discrição fora dele. Não era muito de entrevistas ou badalações, preferia manter o foco no jogo e na família.

Agora, o futebol português e mundial se veste de luto, mais uma vez, por uma vida interrompida cedo demais. A investigação segue, mas a dor já se instalou. Que ele descanse em paz.