Agora foi revelado que um caderno desempenhou um papel crucial na elucidação do crime, pois continha anotações que reforçavam a intenção de “morte”, “sangue” e “assassinato”, como reportado pelo O Globo. Com base nesses indícios, a perícia passou a considerar que um membro da família poderia ser o autor do crime, o que levou à descoberta das evidências.
Guilherme admitiu a autoria do crime e afirmou à polícia que agiu sozinho. Ele foi formalmente acusado de homicídio e está sob custódia. Ricardo Igarashi, o delegado encarregado do caso, descreveu o indivíduo como alguém “insensível” e possuidor de uma “psicopatia notável”, evidenciada por sua falta de remorso, enquanto forneceu mais detalhes sobre o que aconteceu com a criança.
“Ele disse que tinha vontade de matar alguém, sem ter um alvo específico. Quando ficou sozinho com o irmão de 7 anos, chamou a criança até o quarto e aplicou nela um ‘mata-leão’ [golpe de chave de braço]. Quando ele constatou que havia matado o irmão, quebrou os braços e pernas dele e colocou o corpo dentro do guarda-roupa”, explicou o delegado.
Guilherme Alcântara, de 19 anos, cometeu o assassinato de seu irmão mais novo, Caio, de 7 anos, em sua própria residência. Esse trágico evento transcorreu em um curto período de 30 minutos, enquanto a mãe saiu para trabalhar, deixando Caio, que tinha diagnóstico de autismo, sob os cuidados de seu irmão mais velho, Guilherme. O pai deles estava prestes a retornar para casa.
No entanto, quando o pai chegou do trabalho, ele não conseguiu localizar o filho mais novo e, ao questionar Guilherme, recebeu a resposta de que ele não sabia o paradeiro de seu irmão. Considerando que Caio tinha expressado o desejo de acompanhá-la ao sair para trabalhar com a mãe, a família concluiu que o menino provavelmente a havia seguido.
No entanto, as câmeras de segurança da área não registraram a presença da criança. Cartazes foram distribuídos na localidade para comunicar o desaparecimento de Caio, e o caso foi encaminhado para investigação pelo 100º Distrito Policial do Jardim Herculano. Quando os policiais chegaram à residência, detectaram um odor forte vindo dos cômodos, o que levou à solicitação para uma verificação mais detalhada do local.
Foi durante essa investigação que os agentes descobriram a presença de um saco plástico preto contendo partes do corpo da criança. Ao ser questionado, o irmão, Guilherme, confessou sua autoria no crime. Os objetos utilizados por Guilherme estão atualmente sob análise.