Para compreender melhor quais são os sintomas da Síndrome de Hashimoto, antes de mais nada é preciso saber a origem da doença. E, segundo com a Dra. Paula da Rocha Jaskulski, médica formada em endocrinologia e metabologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o problema está diretamente relacionado ao metabolismo. Em conclusão, é uma inflamação crônica da tireoide autoimune.
Vale ressaltar que a glândula é responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4 que são responsáveis pelo metabolismo. Quando o hipotireoidismo está presente, o que acontece é uma diminuição dele.
Sintomas da Síndrome de Hashimoto
“A partir disso, o paciente começa a sentir: cansaço, sonolência, alterações menstruais, redução na libido, dificuldade de concentração, constipação, pele ressecada, batimentos cardíacos podem ficar mais lentos e também há a queda de cabelo e uma retenção de líquidos, fazendo o paciente engordar cerca de 3 kg“, revela.
Depois de vivenciar os sintomas, são feitos alguns exames laboratorial, como a dosagem de TSH que é produzida pela nossa glândula hipófise e é o “maestro” da tireoide. “Quando ela reduz a produção de T3 e T4 o TSH aumenta na tentativa de compensar essa redução na produção hormonal. Inicialmente, isso pode manter um certo equilíbrio. Porém, com o passar do tempo, não é suficiente e o paciente desenvolve redução dos hormônios T3 e T4, que é chamado de hipotireoidismo franco“.
Diagnóstico e tratamento
Embora seja uma doença incurável, o tratamento costuma ser bastante eficaz para controlar os sintomas. “Realizamos a reposição hormonal com levotiroxina, variando a dose conforme cada caso. Muitas vezes durante o tratamento ajustes serão necessários. Há muita especulação de fatores que poderiam amenizar o ataque às células tireoidianas, como o selênio e a vitamina D, porém os estudos ainda não conseguiram comprovar este benefício“, conta a especialista.
Para conviver com a Síndrome de Hashimoto se faz necessário consumir alguns alimentos de forma moderada, como couve flor, soja, nabo são ricos em isoflavonas e tiocianato, que podem frear um pouco a absorção do iodo intestinal e poderia levar a uma progressão mais rápida do hipotireoidismo.
“Além disso, o paciente precisa levar uma vida saudável, ou seja, criar uma rotina com atividade física, alimentação balanceada, tirar o excesso de álcool, tabagismo e controlar o estresse para se proteger e não ocorrer a evolução da doença“, conclui a Dra. Jaskulski.