No Rio de Janeiro, um episódio de violência urbana chamou a atenção e gerou preocupação nas últimas horas. Doze indivíduos foram presos e acusados de cometer atos de vandalismo, incendiando ônibus, como resposta à morte do sobrinho de um miliciano em uma operação policial. O governador Cláudio Castro anunciou que esses atos serão considerados “ações terroristas” e que os suspeitos serão encaminhados para prisões federais.
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Os acontecimentos tiveram início após a morte de Matheus da Silva Rezende, também conhecido como “Faustão” e “Teteu,” que era sobrinho do miliciano Luis Antônio da Silva Braga, mais conhecido como “Zinho.” Faustão era apontado como o segundo na hierarquia da milícia local. O governador do Rio informou que a inteligência policial está cada vez mais próxima de identificar e prender Zinho e também está em busca de outros líderes da milícia, como Tandera e Abelha.
O episódio começou com a depredação e incêndio de ônibus em diversas partes da cidade, causando medo e caos nas ruas. Esses atos de violência tiveram um impacto significativo na rotina dos cidadãos e na segurança pública. Em resposta a essa situação, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foram contatados pelo governador, visando à cooperação entre as autoridades para restaurar a ordem.
A morte de Faustão, cujo nome real era Matheus da Silva Rezende, ocorreu em um confronto com policiais civis na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo informações da polícia, ele chegou a ser socorrido pelos agentes e levado para o Hospital Municipal Pedro II, mas não sobreviveu. Além de seu envolvimento na milícia, Faustão também estava ligado ao assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, e de seu cunhado Maurício Raul Attalah, em agosto de 2022.
Esses assassinatos foram supostamente motivados por uma tentativa de Jerominho de retomar o controle da milícia atuante na Zona Oeste do Rio. O poder e a influência das milícias no Rio de Janeiro são preocupantes, já que esses grupos criminosos muitas vezes atuam de forma paralela ao Estado, controlando territórios e promovendo a criminalidade. A luta contra as milícias e o crime organizado é um desafio constante para as autoridades locais.
Os ataques a ônibus, além de representarem um perigo imediato para a segurança pública, também causaram sérios transtornos para os cidadãos do Rio de Janeiro. O incêndio desses veículos resultou em interrupções no trânsito e na suspensão das aulas em várias escolas localizadas em bairros afetados, como Vila Paciência, Antares, Cesarão, Três Pontes, Inhoaíba e Campo Grande.
O governador Cláudio Castro se pronunciou sobre a situação, destacando que as forças de segurança do estado estão mobilizadas e trabalhando em conjunto para restaurar a ordem e garantir a segurança da população. Ele enfatizou que, apesar dos transtornos causados pelos ataques, o estado não permitirá que seja tomado por criminosos.
A resposta das autoridades à violência desencadeada pelos ataques a ônibus envolveu a mobilização das polícias civil e militar. O governador expressou seu pesar pelos transtornos causados à população, mas reiterou o compromisso de não ceder terreno para criminosos e afirmou que um plano de contingência já estava em ação para restaurar a ordem na cidade.
A situação no Rio de Janeiro ilustra os desafios enfrentados pelas autoridades na luta contra o crime organizado e as milícias. A complexidade do cenário de segurança exige uma abordagem coordenada e consistente, com um esforço contínuo para combater a impunidade e a presença de grupos criminosos que ameaçam a estabilidade e a paz na região.
Os ataques a ônibus no Rio de Janeiro e a prisão de 12 suspeitos por esses atos de vandalismo destacam os desafios enfrentados pelas autoridades na região no combate ao crime organizado e às milícias. A violência urbana e a influência desses grupos criminosos representam uma ameaça constante à segurança e à paz na cidade, exigindo esforços coordenados para restaurar a ordem e responsabilizar os envolvidos.